Os intervalos em jogos de futebol, basquete, tênis, vôlei são na verdade muito mais do que um necessário e bem vindo descanso físico. São pausas psicológicas, moralizantes, respiradas profundas para conferir planos, controlar ansiedades e rever estratégias. No Dakar não é diferente e é ainda mais complexo. Os quatro VW Race Touareg 2 chegaram à metade do caminho da Edição de número 32 do Dakar ocupando as três primeiras colocações na Classificação Geral da prova e ainda a 12ª colocação e em franca recuperação. É natural que certa euforia tome conta da Equipe, mas contar com o resultado é a última coisa que a Volkswagen quer, baixar a guarda agora seria dar espaço para que o impossível interviesse. Então nesse sábado a Equipe se dedicou a receber convidados, novos jornalistas e cuidou de cada carro nos detalhes. Foram trocados os componentes previstos (para seguir um cronograma estatístico montado através da observação sistemática em todas as provas disputadas até hoje pelo carro) e todos puderam aproveitar para levantar os olhos para o horizonte e imaginar um pouco o futuro que cada um espera. Está tudo pronto para recomeçar amanhã uma partida que viu o domínio total VW na primeira etapa.
Uma celebridade do mundo da música popular alemã esteve no bivaque e tomando contato com a Equipe e a Amarok que vai conduzir até Santiago. Era Rudolf Shenker, criador da banda de hard rock “The Scorpions” que no melhor estilo já disse: “A Amarok é simplesmente Rock n’ Roll” e ficou impressionado quando soube que o carro fazia 12,8 km/l usando combustível diesel.
Mas estava também no bivaque da Equipe Volkswagen, no seu papel de Embaixador da marca, o ex-piloto de F1 Jacky Ickx. O belga de 64 anos que tem 8 vitórias na F1, impressionantes 6 vitórias nas 24 Horas de Le Mans, uma vitória no Dakar em 1983 e uma preferência por citações de François La Rouchefoucauld . “É uma grande loucura querer ser sábio sozinho“, disse Ickx citando o filósofo francês e usando isso para reforçar o gosto e o respeito que tem pelo Dakar. E depois segundo suas próprias palavras: “Vencer um Dakar é um enorme trabalho de equipe, é uma enorme esforço conjunto e é uma enorme satisfação para ser partilhada com muitos”. E acrescentou: “Tudo isso porque não existe nenhuma outra competição a motor onde se passem 6 ou 7 horas andando a velocidades incríveis em terrenos impossíveis”. “É a melhor que existe.” Palavra do Jacky Ickx.
Amarok – Sessão Car wash
Depois do trabalho duro, nada como uma sessão Car Wash para devolver as Amarok ao seu ‘look’ de vitrine de concessionária. Os 4300km percorridos deixaram apenas marcas de boas recordações nas Amarok e em seus ocupantes, nem um arranhão e nem um pneu furado. É impressionante o que três pessoas em cada carro podem acumular, uma montanha de resíduos diversos que foram dispostos de maneira conveniente em Antofagasta. É uma pena que durante o caminho se vejam no deserto tantos sinais de desrespeito e descaso, pior é constatar que mudar a atitude de alguns, porém, é tão impossível como fazer este deserto virar mar de novo.
Por Carlos Lua Cintra Mauro – Ainda em Antofagasta observando que na verdade no dia de descanso faz-se de tudo, menos descansar. É tempo de se despedir dos que vão e cumprimentar os que chegam. É hora de fazer um balanço do que aconteceu nos primeiros 7 dias do Dakar 2010 e de imaginar o que os próximos 7 dias nos reservam. É como se fizéssemos um outro final de ano, apenas uma semana após daquele oficial. Ou como diria La Rouchefoucaul: “A única constante na vida é a mudança.”
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